Foi-se o tempo em que a página branca bastava pra que as palavras pudessem dizer por mim o que minha voz não sabe fazer... Hoje passei boa parte do meu tempo diante da folha, rabiscando, riscando, rasgando... Nada fluindo dentro de mim...
Cansada de falar, de tentar, de me agarrar quase sem forças às pedras enquanto a água de tantas tormentas me arrastavam para o fundo; com as mãos cortadas, sangrando, o rosto inchado de lágrimas, as pernas vacilando de medo... De tanto cansaço acabei me deixando levar, e resolvi calar qualquer mágoa, qualquer dor;
Dizem que a água salgada cicatriza, eu deixo a água lavar meu corpo sem me importar pra onde vai; Aos poucos as descargas elétricas da tempestade esfarelam partes de mim e eu sinto que alguma delas está morrendo, e outra, e outra, e outra...
É curioso, me sinto cada vez mais vazia, cada vez mais sem mim e ainda assim eu sou jogada cada vez mais fundo pela maré bravia, já não dói mais, começo a me esquecer quem fui.
Quem serei agora?
Cansada de falar, de tentar, de me agarrar quase sem forças às pedras enquanto a água de tantas tormentas me arrastavam para o fundo; com as mãos cortadas, sangrando, o rosto inchado de lágrimas, as pernas vacilando de medo... De tanto cansaço acabei me deixando levar, e resolvi calar qualquer mágoa, qualquer dor;
Dizem que a água salgada cicatriza, eu deixo a água lavar meu corpo sem me importar pra onde vai; Aos poucos as descargas elétricas da tempestade esfarelam partes de mim e eu sinto que alguma delas está morrendo, e outra, e outra, e outra...
É curioso, me sinto cada vez mais vazia, cada vez mais sem mim e ainda assim eu sou jogada cada vez mais fundo pela maré bravia, já não dói mais, começo a me esquecer quem fui.
Quem serei agora?
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